As ações europeias e os principais índices futuros dos EUA subiram a 17 de outubro, já que a reviravolta do Reino Unido no ex-controverso plano de “mini-orçamento” ajudou parcialmente a aliviar as preocupações dos investidores até certo ponto. De acordo com o analista TeleTrade Ilya Frolov, o corte do imposto de renda corporativo foi cancelado e cerca de metade das despesas adicionais não financiadas devem ser devolvidas ao estado.
Liz Truss, como chefe do gabinete no seu segundo mês no cargo, prometeu eliminar um aumento previamente planeado do imposto específico e reduzir a carga de um teto de imposto pessoal para pessoas ricas. Buracos no orçamento, que se tornaram muito desproporcionais, não permitiram que o governo avançasse com os planos do mini orçamento devido ao alto risco de colapso do mercado de títulos e o Banco da Inglaterra (BoE) teve que intervir com remédios de resgate de emergência enquanto o governo teve que retroceder com os cortes. No entanto, parece que a chefe de gabinete não abandonou completamente seus principais planos, mesmo depois de sacrificar o seu aliado mais próximo, Kwasi Kvarteng, e substituí-lo por Jeremy Hunt, ex-secretário de Relações Exteriores e ministro da Saúde que costumava apoiar o rival de Liz Truss, Rishi Sunak. , para o cargo principal.
“Por causa dos problemas atuais do mercado, temos que entregar a missão de uma maneira diferente”, disse Truss, deixando espaço suficiente para interpretação. “Os gastos aumentaram menos do que o planeado anteriormente”, acrescentou. Mas a credibilidade do seu governo pode não ser restaurada tão cedo, acredita o analista da TeleTrade. Quase £ 60 biliões de subsídios de energia para os consumidores estão programados para o próximo inverno, enquanto uma rápida olhada mostra um buraco negro de £ 70 biliões do Tesouro para o próximo ano fiscal.
Andrew Bailey, o governador do BoE aparentemente deu a Jeremy Hunt um voto de confiança no fim de semana, dizendo que eles tiveram uma “reunião imediata de mentes” sobre a necessidade de consertar as finanças públicas, mas dificilmente pode dar mais do que curto -alívio a prazo. Os aumentos das taxas de juros podem ser maiores do que o esperado no próximo mês, alertou Andrew Bailey, enfatizando que as pressões inflacionárias precisam de respostas mais fortes do que o BoE “pensava anteriormente”.
O BoE vai se reunir a 3 de novembro, um dia após o suposto aumento da taxa de juros da Federal Reserve (Fed), e o mesmo tipo de movimento é bem possível em resposta ao comunicado fiscal do governo, que está agendado preliminarmente para 31 de outubro “Até então conheceremos todo o alcance da política fiscal. Mas vou repetir o que já dissemos… não hesitaremos em aumentar as taxas de juros para cumprir a meta de inflação… e, como as coisas estão hoje, o meu melhor palpite é que as pressões inflacionárias exigirão uma resposta mais forte do que talvez pensei em agosto”, comentou Bailey de maneira clara, acrescentando que as atuais condições económicas exigiram uma “grande medida de estoicismo”.
Na próxima semana, os rebeldes conservadores também podem pressionar o chamado Comitê de 1922, composto por todos os membros conservadores da bancada para coordenar e discutir os seus pontos de vista independentemente dos líderes, para alterar as regras gerais para permitir que eles removam o primeiro-ministro recém-eleito pelo partido. do escritório.
A libra britânica recuperou acima de 1,13. No entanto, tanto o Reino Unido quanto os mercados financeiros globais relacionados parecem estar muito longe de mudar o sentimento geral negativo depois que os investidores experimentaram movimentos tão violentos ao longo da última semana caótica.
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Ilya Frolov, Chefe de Gestão de Portfólio, TeleTrade
