Ex-ministra Alexandra Leitão, atual deputada do PS, assume “perplexidade” com o facto “bastante estranho” de o ministro da Economia ser desautorizado por seus secretários de Estado.
Oministro da Economia, António Costa Silva, voltou ontem a ser recordado que quem manda no Governo é o primeiro-ministro (PM), não lhe valendo de nada exprimir publicamente opiniões próprias. E o aviso veio do interior do próprio ministério da Economia. Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, disse, numa entrevista à Lusa, que “estas matérias são discutidas de forma coletiva, em sede própria, no Conselho de Ministros”.
![Costa Silva isolado no governo e no seu próprio ministério](https://static.globalnoticias.pt/dn/image.jpg?brand=DN&type=generate&guid=8f7f4143-6493-4295-9c9c-9a6223b36724&w=800&h=450&t=20220927122000)
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Ou seja: “O senhor primeiro-ministro há de ter a última palavra, aliás, tem a primeira, a última, sempre. E, portanto, cá estaremos para trabalhar em função das orientações que recebermos do senhor primeiro-ministro”.
O que está em causa é o facto de o ministro ter defendido há cerca de uma semana, numa entrevista TSF/Jornal de Notícias, uma “redução transversal” do IRC. “Hoje, face à crise que temos, penso que seria extremamente benéfico termos essa redução transversal e, a partir daí, ver qual é o impacto que pode ter no futuro”, disse o ministro.