O número de visitantes em Macau caiu, em agosto, 19 por cento em termos anuais, mas disparou em comparação com julho, quando a região viveu o pior surto desde o início da pandemia, foi hoje anunciado.

O território recebeu cerca de 331.400 visitantes em agosto “devido ao alívio das medidas restritivas nos postos fronteiriços Zhuhai-Macau no início de Agosto”, em comparação com menos de 9.800 em julho, indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).
Leia também: Covid-19: Macau relaxa requerimentos a quem voa para o estrangeiro
Durante o surto, que começou a 18 de junho, os turistas que viessem a Macau teriam de se submeter a uma quarentena obrigatória no regresso à China continental, medida que foi levantada a 3 de agosto.
Já o período médio de permanência dos turistas foi de 5,4 dias, crescendo 1,5 dias em termos anuais, “dado que alguns turistas prolongaram até Agosto a sua saída de Macau, por causa do anterior impacto gerado pela pandemia”, explicou a DSEC, num comunicado.

A esmagadora maioria dos visitantes (mais de 290 mil) veio da China continental.
Leia também: Volume de negócios de 229 restaurantes caiu mais de 70 por cento em Macau
Ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro ou de Hong Kong continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica” que pode ser feita em casa.
A partir de 1 de setembro, Macau passou a permitir a entrada de cidadãos, incluindo turistas, de 41 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Austrália, Japão e Coreia do Sul.
Em abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiro, como professores portugueses.
Leia também: Macau afirma-se na cooperação entre os media da China e dos PLP
Em 12 de setembro, o secretário-geral adjunto do Fórum Macau, Paulo Espírito Santo, lamentou que os cidadãos da África lusófona tenham sido excluídos da lista de países a cujos nacionais é permitida a entrada no território.

Macau enfrentou em junho e em julho o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, tendo registado seis mortos e mais de 1.800 infetados nesse período. O território endureceu as medidas de controlo, com impacto na economia local, muito dependente do turismo da China continental e da indústria do jogo.
Nos primeiros oito meses do ano, Macau recebeu 3,8 milhões de visitantes, menos 25,8% do que em igual período de 2021 e menos 86% do que em 2019, antes do início da pandemia.
Este artigo está disponível em: English