O ciberataque ao Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) foi detetado e comunicado, em agosto, ao primeiro-ministro, António Costa, pelos “Serviços de Informações norte-americanos, através da embaixada em Lisboa”, revela o “Diário de Notícias” (DN), esta quinta-feira.
Os autores deste “ciberataque prolongado e sem precedentes” conseguiram aceder a documentos considerados “secretos e confidenciais” enviados pela NATO a Portugal. Ciberespiões norte-americanos detetaram “centenas” destes documentos à venda na “dark web”, escreve o DN.
Na próxima semana está prevista a realização de “uma reunião de alto nível” na sede da NATO em Bruxelas, uma vez que a Aliança Atlântica “terá exigido explicações e garantias do governo português” na sequência desta quebra de segurança, cuja “dimensão dos estragos ainda está a ser averiguada”.
Leia ainda: Rússia lançou ciberataques contra 42 países aliados de Kiev
Na sequência do alerta por parte da embaixada dos Estados Unidos, o Gabinete Nacional de Segurança (GNS), o Centro Nacional de Cibersegurança e o Centro Nacional de Ciberdefesa “fizeram um rastreio completo a todo o sistema de comunicações interno da Defesa” e, segundo fontes ouvidas pelo DN, os peritos “terão identificado computadores no EMGFA, nas secretas militares (CISMIL) e da Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional, de onde foram exfiltrados os documentos”. Verificaram ainda “que tinham sido quebradas regras de segurança para a transmissão de documentos classificados”, utilizando “linhas não-seguras”, apesar de existirem “ligações seguras – o Sistema Integrado de Comunicações Militares (SICOM) – para receber e reencaminhar os documentos classificados”.
Leia mais em Jornal de Notícias