O número de trabalhadores estrangeiros sem estatuto de residente em Macau diminuiu em quase 4.600 em julho, mês em que a região chinesa enfrentou o pior surto de Covid-19.
Segundo dados do Corpo de Polícia de Segurança Pública, no final de julho Macau tinha cerca de 157.800 trabalhadores estrangeiros sem estatuto de residente, com mais de metade (quase 108.400) oriundos da China continental.
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As estatísticas, divulgadas hoje pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, revelam que foram também os trabalhadores não-residentes da China os mais afetados (menos três mil) pela diminuição sentida em julho, seguidos pelos filipinos (menos 700).
Macau enfrentou, a partir de 18 de junho, o pior surto de Covid-19 desde o início da pandemia, com mais de 1.500 casos e seis mortes, levando o território a decretar um confinamento parcial, encerrando praticamente todos os estabelecimentos comerciais.

Nos dois meses do surto, a região administrativa especial chinesa viu o número de trabalhadores não-residentes diminuir em mais de 7.400.
Desde que Macau fechou as fronteiras a estrangeiros sem o estatuto de residente, em março de 2020, perdeu 17% da mão-de-obra não-residente, com quase 31.700 pessoas a perderem o emprego, situação que legalmente os obriga a abandonar a cidade.
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Em abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a trabalhadores filipinos, estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiros, como professores portugueses. A isenção foi mais tarde alargada a trabalhadores oriundos da Indonésia.
A partir de quinta-feira, Macau irá permitir a todos os trabalhadores não residentes, assim como viajantes de 41 países, incluindo o Brasil, e familiares de residentes.
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