O visto de residência chegou a 133 mil novos imigrantes nos primeiros seis meses do ano, mais 22 mil que nos 12 meses de 2021, e mais de um terço (47 600) são brasileiros. Facilmente arranjam emprego, o problema é conseguirem casa com os seus salários e as exigências dos senhorios, denunciam os próprios e as associações. A solução é alugar quarto, partilhar a habitação e viver fora dos grandes centros, sobretudo longe das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Os novos títulos de residência, no primeiro semestre de 2022, ultrapassam já o total de um ano, inclusive antes da pandemia. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) atribuiu 133 mil nos primeiros seis meses, mais que os 129 155 em 2019, que era um recorde. Desceu para 118 124 em 2020 e para 111 311, em 2021. São dados provisórios e correspondem, também, à tentativa de diminuir as pendências nos serviços, mas denotam essencialmente o aumento dos fluxos migratórios para Portugal.
A maior comunidade estrangeira é a brasileira. Atingiram os 204 694 o ano passado, já somam 252 mil e rapidamente poderão chegar aos 300 mil, a continuar a intensidade dos fluxos.
“O nosso atendimento está a abarrotar de gente desde o fim das restrições à entrada no país. O fluxo é visualmente superior, o que percebemos não só pelo trabalho da nossa associação, como das outras “, conta ao DN Cyntia de Paula, presidente da Casa do Brasil.
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