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Ucrânia acusa Rússia de armazenar armas em central nuclear ocupada

A Ucrânia acusou a Rússia nesta quinta-feira (21) de armazenar armas pesadas e munições no local da usina nuclear ocupada de Zaporizhzhia (sul), onde o governo russo denuncia ataques de drones ucranianos. 

Segundo a Energoatom, operadora de energia nuclear ucraniana, pelo menos 14 unidades de equipamento militar pesado com suas munições estão armazenadas na sala de máquinas do reator 1 da usina, o maior da Europa. 

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“Todo o arsenal pesado carregado com a munição está agora muito próximo do equipamento que garante o funcionamento do turbogerador”, disse a empresa na rede Telegram. 

O equipamento russo está localizado bem próximo ao tanque principal de óleo, cujo produto inflamável é utilizado para resfriar a turbina a vapor, assim como o hidrogênio utilizado para resfriar o gerador, segundo a Energoatom.

A empresa ucraniana está em alerta sobre o risco de detonação acidental e incêndio. 

A diplomacia russa acusou nesta quinta-feira a Ucrânia de realizar ataques de drones no local da usina nuclear de Zaporizhzhia, que está sob o controle das forças do Kremlin desde março. 

“Isso confirma a vontade das autoridades ucranianas de criar as condições para uma catástrofe nuclear não apenas em seu território, mas em toda a Europa”, disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em entrevista coletiva semanal. Ela não relatou nenhum dano que colocaria em risco a segurança nuclear da usina. 

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De acordo com Zakharova, as forças ucranianas realizaram um ataque de drone na segunda-feira “a algumas dezenas de metros de estruturas vitais para a segurança da usina, um depósito de combustível nuclear usado e um tanque de resfriamento do reator”.

A porta-voz acrescentou que a Ucrânia atacou as instalações novamente na quarta-feira. 

A mídia russa publicou supostas imagens de nuvens de fumaça na cidade de Energodar, onde está localizada a usina. 

A AFP não conseguiu verificar esta informação com fontes independentes. 

Maria Zakharova destacou que a Rússia entrou em contato com o secretariado da Agência Internacional de Energia Atômica após os dois incidentes.

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