Poucos dias após Joe Biden viajar até à Arábia Saudita, Vladimir Putin, presidente da Rússia, chega a Teerão para se reunir com o homólogo iraniano, Ebrahim Raisi, com o intuito de aprofundar laços e equilibrar a influência que Washington está a conquistar no Médio Oriente. Na passagem pelo Irão, que se inicia amanhã, o líder do Kremlin vai ainda encontrar-se com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que tem movido esforços para solucionar a crise dos cereais.
O presidente da Comissão Económica do Parlamento iraniano, Mohammad Reza Purebrahimi, antecipou, na semana passada, que “o planeamento da cooperação económica entre Teerão e Moscovo será a prioridade das reuniões entre os líderes” da Rússia e do Irão – que, apesar de nos últimos meses terem vindo a estreitar relações, contam com um longo histórico diplomático.
Ainda que o panorama atual favoreça a promoção de vínculos entre os dois países, “o Irão e a Rússia, sobretudo desde o 11 de setembro de 2001, têm jogado com uma aproximação mútua para ganhar influência face aos EUA, que se têm vindo a colocar como uma espécie de inimigo comum aos dois estados”, recorda Sandra Fernandes, especialista em Relações Internacionais. “O Médio Oriente é uma prioridade estratégica para a Rússia”, refere a investigadora, frisando que, depois de Joe Biden visitar a Arábia Saudita, “inimigo do Irão naquela região”, é fundamental para ambos os países “consolidar alianças”.
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