Com menos rendimento e os produtos a encarecer, famílias procuram estratégias para poupar nas compras, designadamente, optando por bens menos amigos do ambiente
O aumento do custo de vida está já a levar a mudanças nos hábitos de consumo, com as famílias a comerem mais vezes em casa, a procurarem produtos mais baratos ou em segunda mão e a preferirem artigos reutilizáveis em vez do “usa e deita fora”. Estes são dados do mais recente inquérito da Kantar Worldpanel que mostram que, perante o impacto da inflação no bolso, as famílias estão preparadas para abandonar as marcas mais amigas do ambiente para assim pouparem dinheiro.
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A sustentabilidade é um tema caro aos consumidores, mas só quando têm meios financeiros para tal. Os dados do inquérito mostram que 58 por cento dos inquiridos compram, regularmente, produtos de mercearia de marcas amigas do ambiente, taxa que é de 53 por cento na limpeza e higiene, de 52 por cento nos artigos de papel, 27 por cento nos cosméticos e de 11 por cento nos artigos para bebés. No entanto, só 15 a 20 por cento dos inquiridos garantem que manterão a aposta neste tipo de marcas, mesmo perante uma redução de rendimentos.
Aliás, mostra o estudo que 23 por cento dos compradores de produtos de mercearia amigos do ambiente já os trocaram por artigos mais baratos, uma percentagem que sobe para 36 por cento no que aos produtos para bebés diz respeito. 32 por cento dizem que é provável que venham a fazer essa troca e 28 por cento que poderão vir a fazê-lo. Em termos de mercados, diz o estudo, o compromisso para com as marcas eco-friendly é maior na Alemanha e em Espanha, com taxas de 27 e 26 por cento, do que em França (15 por cento) e na Índia (11 por cento).
