A inflação parece estar a contaminar a economia como um todo e isso levanta novos problemas e desafios, além do mais imediato que é ter o Banco Central Europeu (BCE) a subir juros para travar os preços o que começa a apanhar na curva os mais endividados: países, empresas e famílias.
A inflação na zona euro, que já vai em mais de 8% em variação anual (maio), precisa de ser detida porque é destrutiva para a economia e um imposto pesado para os mais pobres, mas pode haver um preço alto a pagar mais à frente na sequência desta luta: menos investimento, menos emprego, menos negócios a nascer, menos poder de compra (mesmo com salários a crescer) e menos crescimento.
Ontem, no primeiro dia completo do Fórum BCE, em Sintra, a presidente da instituição, Christine Lagarde, sinalizou que, de facto, se começa a ver menos retoma ao fundo deste túnel incerto que é a senda contra a inflação.
A banqueira central alertou que o choque inflacionista (agravado pelo início da guerra contra a Ucrânia) parece agora mais persistente. Há uns meses, dizia que parecia apenas temporário. Isso tem “implicações sobre o crescimento” e a guerra não parece ter fim à vista.
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