Em 2018, a pesca selvagem alcançou 99 milhões de toneladas em todo o mundo, o que equivale a três vezes o peso da população global. Número preocupantes, que têm levado certos restaurante, conscientes do problema, a dedicarem-se à produção de alimentos sustentáveis e conservação ecológica
O restaurante Qiuji’er, do hotel Londoner Macau, e outros restaurantes dos hotéis Sands China e Mandarin Oriental, criaram um menu de marisco sustentável. A sua implementação começou a 6 de junho, segundo refere a lista de restaurantes da Coligação de Marisco Sustentável de Hong Kong.
O marisco sustentável é produzido através de métodos de pesca e criação com um impacto ambiental reduzido, com foco na sua origem, sustentabilidade e
responsabilidade social de pesca.
Os chefes participantes no programa irão usar produtos com certificados ecológicos pelo Marine Stewardship Council, o Aquaculture Stewardship Council, o Best Aquaculture Practices e o GLOBAL Good Agricultural Practice.
O restaurante Wing Lei Palace refere que enquanto “membros da indústria de viagens e hotelaria, iremos dedicar-nos à produção de alimentos sustentáveis e à conservação ecológica, usando de forma responsável os recursos do planeta Terra”.
Leia mais sobre o assunto em: Gastronomia macaense liga Portugal à China
Entre 2 e 30 de junho, haverá pratos com certificação sustentável disponíveis para quem visite o Wing Lei Palace, SW Steakhouse, 99 Noodles, Pala ce Café do Wynn Palace, assim como o restaurante japonês Mizumi, o Ristorante Il Teatro, o Café Encore e o Café Esplanada do Wynn Macau.
O Churchill’s Table, restaurante britânico do hotel Londoner, também irá oferecer três pratos com produtos de marisco de criação sustentável entre 6 e 30 de junho. Tom Connolly, vice–presidente sénior de Alimentos e Bebidas da Sands China revela que o marisco é criado e apanhado “de forma sustentável e responsável”. “Os nossos visitantes poderão desfrutar de uma refeição de requinte ao mesmo tempo que apoiam o processo de sensibilização para estas questões ambientais. É uma experiência benéfica para todos”, salienta.
A Organização das Nações Unidas estima que 94 por cento das pescarias estão a praticar uma exploração total ou excessiva, levando a uma drástica redução nos recursos haliêuticos. Além da dificuldade em produzir marisco de qualidade, os ecossistemas envolvidos estão cada vez mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas.