OMS defende investigação à teoria de acidente na origem da covid-19

Esta postura denota uma possível revisão da avaliação inicial da agência da ONU sobre as origens da pandemia e ocorre depois de críticos terem acusado a OMS de ter descartado com demasiada rapidez, ou subestimado, a teoria de que o vírus pode ter tido origem no Instituto de Virologia de Wuhan, a cidade no centro da China onde os primeiros casos de covid-19 foram diagnosticados, em finais de 2019.
A OMS concluiu, no ano passado, que aquela hipótese era “extremamente improvável”. No entanto, num relatório divulgado na quinta-feira, o grupo de especialistas da OMS disse faltarem ainda “dados-chave” para apurar como a pandemia da covid-19 começou.
Os cientistas disseram que “permanecerão abertos a toda e qualquer evidência científica que se torne disponível no futuro para permitir testes abrangentes de todas as hipóteses razoáveis”.
E observaram que, como os acidentes de laboratório no passado provocaram alguns surtos, a teoria do laboratório, que foi altamente politizada, não pode ser descartada.
Identificar a fonte de uma doença pode levar anos. Demorou mais de uma década para os cientistas identificarem as espécies de morcegos que serviram como reservatório natural da síndrome respiratória aguda grave (SARS), um outro coronavírus, detetado no sul da China, no final de 2002.
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