É um ponto que ainda pode ser visto como positivo no atual contexto de erosão do poder de compra por causa da inflação muito elevada: a taxa de poupança das famílias portuguesas terminou o ano de 2021 nos 10,9% do rendimento disponível, bastante acima do valor pré-pandemia, indica o Banco de Portugal no boletim económico de maio, divulgado esta quinta-feira.
No ano passado, “as famílias tiveram um aumento do rendimento disponível, o que sustentou a recuperação do consumo” e a sua taxa de poupança “diminuiu de 12,7%, em 2020, para 10,9%, em 2021, mas manteve-se acima da anterior à pandemia”.
O rácio de poupança dos particulares tinha ficado em 7,2% do rendimento disponível em 2019, recorda o banco central governado por Mário Centeno.
Esta acumulação de capacidade financeira durante a pandemia é um fenómeno das famílias e também terá acontecido no conjunto das empresas, o que permitiu um aumento do investimento no ano passado, muito apoiado ainda pelo investimento público, claro.
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