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Internacionalizar a medicina chinesa

A promoção da internacionalização da medicina chinesa é uma das prioridades atuais para o país, com algumas empresas desta área de Hong Kong e Macau a quererem também entrar no mercado da China continental. Alguns jovens empreendedores em Macau veem novas possibilidades para esta indústria em Henqin. O Hospital Integrado de Medicina Ocidental e Tradicional Chinesa de Zhuhai também anunciou recentemente que irá colaborar com a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau para promoção da internacionalização de medicina chinesa.

O hospital Integrado de Medicina Ocidental e Tradicional Chinesa de Zhuhai inaugurou na passada quinta-feira (dia 21) a Escola de Medicina Tradicional Chinesa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST), afiliada ao Hospital de Zhuhai.

Li Zisong, secretário para o Partido do Hospital Integrado de Medicina Ocidental e Medicina Tradicional Chinesa de Zhuhai apresenta este projeto de relação entre os dois partidos como “uma iniciativa inovadora e importante considerando a história da região segundo a estratégia nacional de construção da Grande Baía para aprofundar a cooperação entre Zhuhai e Macau e desenvolver de forma integrada as duas cidades”.

O futuro deste hospital dependerá do papel da MUST na criação de um hospital afiliado e um centro tecnológico para medicina moderna que integre a medicina ocidental e tradicional chinesa.

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Durante este processo de internacionalização, de forma a complementar os pontos fortes de ambas as instituições (ensino, pesquisa, desenvolvimento e recursos clínicos) haverá uma cooperação aprofundada na área de investigação científica. Isto irá criar um mecanismo de partilha dos resultados da mesma e de uniformização e internacionalização conjunta da medicina chinesa.

Segundo a comunicação social chinesa, 22 peritos foram já designados como instrutores a tempo parcial para uma pós-graduação na Escola de Medicina Tradicional Chinesa, sendo que outros sete peritos foram selecionados para licenciaturas. As candidaturas para os alunos terão início já este ano, sendo que no futuro, vários investigadores médicos irão visitar o hospital para executar tarefas clínicas e colaborações.

Medicina chinesa em Hengqin

Por outro lado, a Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin assume um papel importante na internacionalização da medicina chinesa.

A medicina tradicional chinesa é uma das indústrias a ser desenvolvida nesta zona e algumas empresas tomaram já partido das políticas preferenciais da região, segundo consta no Projecto Geral de Construção em Hengqin.

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A fundadora da Bay Valley Technology Research, Hazel, refere que uma das principais atividades da empresa inclui o serviço de registo, vendas e marketing numa única plataforma. Isto traz vários produtos de medicina chinesa para o mercado de Macau, e depois para os Países de Língua Portuguesa. A jovem empreendedora afirma que não perdeu a confiança na introdução destes produtos no mercado internacional, apesar de o negócio ter abrandado com a pandemia.

“A grande qualidade de Macau está na sua relação comercial com os Países de Língua Portuguesa. Durante a nossa pesquisa inicial de mercado sobre Portugal e Brasil, descobrimos que vários países lusófonos já usam produtos de medicina chinesa, possuindo até um respeito e reconhecimento pela mesma”, salienta Hazel ao Nanfang
Daily, acrescentando que foi graças ao esforço da sua equipa que o óleo de ganoderma lucidum, da Guangzhou Pharmaceutical Corporation, entrou em Macau no ano passado.

Macau no mercado da China


Para além da internacionalização da medicina chinesa, estes produtos de Macau e Hong Kong estão também a entrar no mercado do continente. Vários produtos de Hong Kong, como a pomada de flor branca e o óleo Shiling, receberam um certificado de Medicina Tradicional Chinesa para uso externo, segundo informação partilhada pela Administração de Alimentação e Drogas de Guangdong.

Tirando os mercados de Hong Kong e Macau, estes produtos são também vendidos na América do Norte, América do Sul e Caraíbas. As autoridades de Guangdong afirmam existir cinco variedades de produtos para uso externo disponíveis em Hong Kong e Macau, que já se encontram no mercado da China continental através deste método simples de registo.

A administração irá continuar a reforçar o seu mecanismo de regulamentação de medicamentos de Hong Kong e Macau e acelerar o processo de integração destes produtos na Área da Grande Baía, para que cada vez mais produtos tradicionais de qualidade continuem a entrar na região.

As autoridades da província valorizam a simplificação do método de aprovação destes medicamentos para uso externo, de modo a garantir que a sua qualidade não é alterada durante a entrada no mercado do continente. Devido ao desconhecimento de empresas de Hong Kong e Macau sobre as regulamentações para registo de produtos farmacêuticos no continente, serão reforçadas as sessões de esclarecimento prévias à sua candidatura pelos departamentos de avaliação e agências de inspeção.

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