Turismo português recebe mais passageiros e vende mais caro

por Gonçalo Lopes

“Os dados apontam para que este ano possamos ter a confiança que seja um ano de turismo robusto, possivelmente já acima dos níveis de 2019”. A previsão foi feita pelo ministro das Finanças na conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado, esta semana. Fernando Medina disse esperar que 2022 seja um “ano turístico robusto” e os dados já conhecidos primeiro trimestre comprovam-no, com indicadores positivos no alojamento e na aviação. Os números conhecidos até março fazem já antever a tão esperada recuperação que o setor estima para 2022, apesar de os valores ainda estarem uns degraus abaixo dos registados em pré-pandemia.

Os aeroportos nacionais têm visto o número de passageiros crescer diariamente. Nos primeiros dois meses do ano, desembarcaram 4,7 milhões de passageiros no país – um crescimento quatro vezes superior face a igual período de 2021 mas ainda aquém dos 6,9 milhões registados em 2019, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Ou seja, em média, desembarcaram, por dia, 57,8 mil passageiros no conjunto dos aeroportos nacionais – um valor dez vezes superior ao registado no mês homólogo de 2021 (4,5 mil), mas ainda abaixo do observado em fevereiro de 2020 (65,1 mil).

Olhando para as infraestruturas aeroportuárias, Lisboa liderou o movimento de passageiros. O aeroporto Humberto Delgado movimentou 55,4% do total de passageiros em fevereiro (2,6 milhões) e registou um crescimento de 383,4% face ao período homólogo de 2021. Já o aeroporto de Faro destaca-se pela maior recuperação registada; em fevereiro, o movimento de passageiros na infraestrutura algarvia disparou +784% quando comparado com os mesmos meses do ano passado.

Os resultados animadores são reforçados pela lupa do Eurostat.

O gabinete europeu de estatística revelou que Portugal é o segundo país da União Europeia (UE) com melhor recuperação de voos comerciais em março face a 2019. De acordo com os dados, também conhecidos ontem, o país está apenas -8% abaixo de 2019, sendo ultrapassado apenas pela Croácia (-6%). A análise europeia explica que os voos comerciais aumentaram 156% , no conjunto dos 27, face ao período homólogo de 2021 mas, ainda assim, continua 27% abaixo dos níveis pré-pandemia.

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