Trabalhadores admitem que tecnologias invadem vida pessoal

por Gonçalo Lopes

Mais de metade dos trabalhadores em Portugal sente que as tecnologias digitais utilizadas em contexto profissional, sobretudo desde o início da pandemia, invadem a vida pessoal, concluiu um estudo do Observatório de Liderança e Bem Estar da Nova SBE, divulgado esta quarta-feira.

De acordo com o estudo “Tecnostress – Uso da Tecnologia e Bem Estar no Contexto do Trabalho”, 47% reconhece que mudou hábitos de trabalho para se adaptar às tecnologias móveis, enquanto 52% sente que a vida pessoal é invadida por causa do uso dessas tecnologias.

Acresce a identificação de tecnosobrecarga por 35% dos trabalhadores e tecno-invasão por outros 42%, sendo os homens quem reporta maiores níveis de stress.

Com base nestes valores, os autores do estudo – Filipa Castanheira, Pedro Neves e Inês Dias da Silva – identificaram níveis “elevados de tecnosobrecarga e tecno-invasão”. Ou seja, o estudo indica que o aumento do uso de dispositivos móveis e tecnologias digitais, desde a pandemia, está a refletir-se numa sobrecarga tecnológica sobre os trabalhadores e numa apropriação do contexto pessoal pelo contexto profissional através das ferramentas tecnológicas.

“Os níveis de tecnostress têm também expressão na saúde e bem estar, estando a invasão e sobrecarga das tecnologias associadas a queixas psicossomáticas e exaustão emocional uma a duas semanas mais tarde face à exposição. Juntas explicam mais de 25% da variabilidade dos indicadores de saúde e bem-estar analisados”, afirmam os investigadores do Observatório de Liderança e Bem Estar da Nova SBE.

Solução? Regras e formação de chefias

O mesmo estudo elencou três grandes recomendações para combater os riscos inerentes à “tecnolsegurança” e “tecno-invsaão”. A solução passará por criar regras e formação de chefias, a fim de limitar a intromissão dos dispositivos móveis e tecnologias digitais.

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