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Pandemia agrava ações de contrabando em Macau

António Bilrero

Macau começou a ganhar preponderância no circuito de ‘comércio paralelo’ [contrabando] com o interior da China com a chegada da pandemia, face a outras regiões vizinhas. A constatação é feita num artigo publicado esta terça-feira no site do gabinete do secretário para a Segurança, Wong Sio Chak

De acordo com o artigo, esta mudança deve-se, não só à acentuada diferença de preços entre os produtos de Macau e do Interior da China, mas também por as operações de desalfandegamento nessas regiões ainda não terem retomado a normalidade, ao contrário da situação existente em Macau e Zhuhai onde esse procedimento se tornou “cada vez mais conveniente”.

Por isso, os produtos do ‘comércio paralelo’, que “originalmente entravam no Interior da China através de outras regiões”, passaram a entrar no continente através de Macau, “o que veio agravar ainda mais” a actividade de contrabando local e “a constituir situações de perigos ocultos para a prevenção e o controlo da epidemia em Macau”.

Aliás, no texto, é recordado o caso de uma mulher que no final de Fevereiro acusou positivo à COVID-19, na Vila de Tanzhou, vindo-se posteriormente a detectar que a paciente exercia a actividade de “comércio paralelo” e nos três dias anteriores ao teste tinha registado 13 entradas e 13 saídas de Macau, utilizando um salvo-conduto de visita a familiares no território.

No documento, o gabinete assinala que este caso “demonstra que o problema dos praticantes do ´comércio paralelo´ não só destrói a normal ordem económica e comercial, causa incómodos à comunidade, como também traz pressão ao desalfandegamento nos postos fronteiriços e acarreta um alto risco de transmissão epidémica para os dois lados”.

Face à situação, o artigo assinala que as autoridades começaram a recorrer ao uso de equipamentos de fiscalização aduaneira inteligentes e reforçaram a inspecção fronteiriça, para verificar aqueles os que entram e saem frequentemente do Interior da China.

Em 2021, os Serviços de Alfândega detectaram cerca de três mil infracções nos postos fronteiriços, acrescenta o texto.

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