"Defesa do mar e do espaço aéreo" é prioridade em Portugal -

“Defesa do mar e do espaço aéreo” é prioridade em Portugal

“Independentemente do que possa ser a posição nacional, vai ter de haver um alinhamento de todos os países com as orientações estratégicas da NATO e da União Europeia (UE). E esse alinhamento, no sentido estratégico e no reforço das capacidades, vai obrigatoriamente incidir no reforço do investimento na Defesa. É inevitável”, assevera o ex-ministro da Defesa de Cavaco Silva e presidente da Euro-Defense Portugal, Figueiredo Lopes.

A invasão da Ucrânia pela Rússia obrigou os países e as organizações internacionais a olhar para as suas defesas e a reformular estratégias e prioridades de investimentos.

Em Portugal, onde as dificuldades das Forças Armadas, quer em equipamentos , quer em pessoal, são conhecidas, estamos preparados para a guerra? E para defender o nosso espaço que é a última fronteira da UE com o Atlântico? Políticos, académicos e militares ouvidos pelo DN estão de acordo com a necessidade urgente de aumentar o orçamento e quem sabe indica a defesa do espaço marítimo e aéreo como como prioridade.

“Onde quero estar, como quero estar, que tipo de missões? A resposta a estas questões vai dar corpo às prioridades de investimento”, afirma Ana Santos Pinto, investigadora de Defesa e Segurança Internacional da Universidade Nova.

“Antes de se falar no investimento temos de identificar as orientações e as prioridades. Para isso há dois documentos estratégicos a ter em conta: o conceito estratégico da NATO e a Bússola Estratégica da UE”, que estão em fase de atualização. “Estamos num momento muito significativo de alteração da arquitetura da segurança europeia“, assevera esta especialista que também foi secretária de Estado da Defesa.

Mas as palavras mornas do ministro da Defesa Nacional (MDN), a adiar para junho a decisão sobre um eventual aumento do orçamento para a Defesa, deixaram apreensivos os militares que esperavam um sinal irrefutável de que o investimento nas Forças Armadas iria subir mais rapidamente, pelo menos, para os 2% do PIB – cerca de 4 mil milhões de euros (o previsto para 2022 é 2,4 mil milhões)- um compromisso assumido com a NATO desde 2014.

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