Grande Baía quer ‘acelerar’ integração em 2022

por Mei Mei Wong
Grande Baía 2022

PARA MEMBROS DA CLASSE POLÍTICA DE GUANGDONG, ESTE ANO É VISTO COMO “CRUCIAL” PARA O DESENVOLVIMENTO DA ÁREA DA GRANDE BAÍA. RESPONSÁVEIS DA PROVÍNCIA CHINESA ACREDITAM QUE SE DEVE CONSTRUIR “UMA BAÍA LÍDER MUNDIAL E UM AGLOMERADO URBANO” E ACRESCENTAM SER NECESSÁRIO ‘VENDER’ A REGIÃO COMO CENTRO TECNOLÓGICO E DE INOVAÇÃO

O secretário da província de Guangdong do Partido Comunista Chinês apelidou o ano de 2022 como “crucial” para a Grande Baía. Li Xi constata que se deve “aproveitar a oportunidade para acelerar a sua construção enquanto baía líder mundial e um aglomerado urbano”, segundo reportou o South China Morning Post. O mesmo responsável sublinhou ainda que a integração deve ser aprofundada em áreas como o emprego, educação, saúde pública e apoio aos mais idosos, para que “juntos possamos construir a Grande Baía para ser um lugar de alta qualidade para a vida, trabalho e lazer”.

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Li Xi delineou ainda objetivos para este ano, como a atração de talento global; aprofundamento da cooperação em infraestruturas com Macau e Hong Kong; promoção do intercâmbio entre pessoas e a comunicação com as duas regiões especiais na prevenção e controlo da pandemia. Por sua vez, o Governador de Guangdong vislumbra uma cooperação entre os membros da região na definição de uma cadeia de valor completa, ligando a investigação científica básica com aplicações, fintech e desenvolvimento de talentos.

“Precisamos de grandes esforços para promover a Grande Baía como um centro internacional de tecnologia e inovação. Precisamos de adiantar o desenvolvimento para atrair recursos inovadores de todo o mundo e juntar as mãos com Hong Kong e Macau, tanto no hardware como no software do desenvolvimento de infraestruturas”, salientou Wang Weizhong, acrescentando ser necessário “estimular o desenvolvimento de uma série de bases inovadoras de alta qualidade” para novos negócios focados em jovens de Hong Kong e Macau.

Em declarações ao South China Morning Post, Tiffany Chan, licenciada em Direito, não ficou surpreendida com o apelo de maior celeridade entre as três partes. Segundo a especialista, espera-se que a província chinesa introduza medidas para atrair jovens das regiões a criar empresas, mas observa ainda alguns obstáculos. “Embora existam políticas para providenciar apartamentos para estes profissionais, a sua aplicação não é fácil porque há uma oferta limitada de habitação”, argumentou.

Já Neildo Choi, a trabalhar na indústria das tecnologias de informação em Macau, referiu que nos últimos anos começou a explorar centros de comércio mais vastos, segundo noticiou o Zhuhaidaily. O mesmo decidiu que Hengqin seria a primeira paragem para entrar em mercados da China. Neildo Choi salientou que Hengqin proporciona uma estrutura de talentos mais diversificada, comparativamente com Macau, e realça os custos operacionais baixos e o fácil acesso à cultura continental como algo benéfico para o desenvolvimento da sua empresa a longo prazo.

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“A empresa está a colaborar com outras de comércio eletrónico do Interior da China para desenvolver uma plataforma de comércio transfronteiriço de produtos internacionais. Isto permitirá trazer produtos para a Grande Baía, ao mesmo tempo que se vendem produtos de qualidade da China, especialmente para os Países de Língua Portuguesa com os quais Macau tem relações duradouras”, especificou.

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