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Agenda de Biden ameaçada no Congresso após AVC de senador

AFP

Um senador dos EUA foi hospitalizado esta quarta-feira depois de sofrer um acidente vascular cerebral, do qual se deve recuperar por completo, mas a sua ausência pode prejudicar a agenda legislativa do presidente Joe Biden

Ben Ray Luján, de 49 anos, um dos dois senadores democratas do Novo México, sofreu um AVC na semana passada e passou por cirurgia para aliviar a inflamação, informou o seu gabinete. Espera-se que o senador volte ao trabalho dentro de quatro a seis semanas.

Com sua ausência, o partido de Biden perde sua vantagem mínima no Senado, que atualmente está dividido em 50-50 entre democratas e republicanos, com a vice-presidente Kamala Harris exercendo o voto de desempate.

Ao contrário do que acontece com os deputados da Câmara dos Representantes, os senadores devem votar pessoalmente.

Assim, os democratas temem que avançar nas prioridades da Casa Branca, desde o pacote trilionário de gastos sociais e ambientais de Biden até a indicação de um novo juiz à Suprema Corte, pode ser complicado.

Também não há certeza sobre as perspectivas de aprovar uma legislação destinada a pôr fim aos problemas na cadeia de suprimentos e contrapor a concorrência da China.

Em 2006, uma hemorragia cerebral deixou o democrata Tim Johnson fora do Senado durante nove meses, enquanto o derrame cerebral do republicano Mark Kirk, em 2012, restringiu seus trabalhos durante um ano inteiro.

Hoje, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, afirmou que Luján é “um dos membros mais queridos” da casa legislativa e que estava “esperançoso e otimista” de que ele vai se recuperar logo.

Enquanto isso, “o Senado seguirá avançando e trabalhando em nome do povo americano”, acrescentou o líder democrata.

É provável que Schumer agora se concentre em pautar as indicações judiciais ou projetos de lei que tenham claro apoio bipartidário.

Um acordo para financiar o governo ou um pacote de sanções contra a Rússia provavelmente não seriam afetados, mas, sem Luján, o plano de tentar ressuscitar o pacote de gastos sociais e ambientas de Biden está aparentemente morto.

A porta-voz da Casa Branca, por sua vez, descartou qualquer estratégia política para avançar nas reformas de Biden sem ter maioria. “Passamos a maior parte de nosso tempo discutindo de boa-fé o programa do presidente, e não fazendo esses cálculos”, disse Jen Psaki aos jornalistas.

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