Início Moçambique Tempestade deixa rasto de destruição e 18 mortos em Moçambique

Tempestade deixa rasto de destruição e 18 mortos em Moçambique

O saldo da tempestade tropical Ana, que afetou vários países do sul da África, aumentou para 70 mortos, segundo os últimos balanços informados nesta quinta-feira (27) pelas autoridades de Moçambique, Malawi e Madagascar.

Os governos e os serviços de resgate dos três países continuam avaliando a magnitude dos danos causados pelas fortes chuvas que começaram na semana passada na costa do oceano Índico. 

Cerca de 41 pessoas morreram em Madagascar, 18 em Moçambique e 11 no Malawi. A tempestade também afetou Zimbábue, mas não há registros de mortes até o momento.

A representante das Nações Unidas em Moçambique explicou que as cheias são extensas nas áreas afetadas. Falando à ONU News, de Maputo, Myrtha Kaulard contou que “rios transbordaram com força de correntes devastadoras”. 

“As Nações Unidas também estão extremadamente preocupadas. Este é o primeiro evento desta época de ciclones, mas sabemos como Moçambique é um dos países mais vulneráveis aos problemas climáticos que podem ser devastadores e que acontecem em cada ano. Este ciclo anual está tão breve que as populações não têm tempo para recuperar e acumulam a vulnerabilidade. Em Moçambique a vulnerabilidade é extrema. Ainda que agora estamos a dar ajuda humanitária, ao mesmo tempo vemos como é absolutamente importante investir na redução do risco dos desastres naturais na fortalecer a resiliência em Moçambique”. 

A tempestade Ana teve ventos de até 100km/h e chuvas de até 200 milímetros por dia. As províncias de Sofala, Niassa e Cabo Delgado foram afetadas em menor escala.

Kaulard destacou que “definitivamente, Moçambique precisa de ajuda internacional para enfrentar esta crise adicional.”

Dezenas de milhares de casas foram danificadas, algumas se afundaram devido ao peso da água e algumas pessoas ficaram presas. Algumas pontes desabaram e alguns veículos e seus passageiros foram arrastados pelo rio.

Em Madagascar, ao menos 110.000 pessoas tiveram que abandonar suas casas. Na capital Antananarivo, ginásios e escolas foram transformados em abrigos de emergência.

A região do sul da África foi afetada nos últimos anos por violentas tempestades que provocaram graves danos materiais e forçaram um grande número de pessoas a deixarem suas casas.

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