“Não temos intenções de enviar forças norte-americanas ou da NATO para a Ucrânia”, referiu Joe Biden, em declarações aos jornalistas, durante uma visita a uma pequena empresa de Washington.
Na segunda-feira, os Estados Unidos colocaram em “alerta máximo” 8.500 militares para um possível destacamento na Europa de Leste devido à escalada de tensões sobre a Ucrânia.
A NATO também anunciou o reforço dos seus efetivos em países da frente oriental da Aliança Atlântica.
Para o chefe de Estado norte-americano, uma invasão por parte da Rússia exporia aquela potência a “sanções económicas significativas”, incluindo sanções que podiam atingir pessoalmente o Presidente russo Vladimir Putin.
Mas Joe Biden recusou-se a especular sobre o momento em que pode ocorrer um ataque sobre a Ucrânia.
“Seria como ler borras de café [como ler o futuro]”, acrescentou, lembrando que “tudo depende da decisão” de Putin.
Se a Rússia “invadir todo o país”, ou “até muito menos” do que isso, haverá “enormes consequências”, não só para aquele país, mas em “todo o mundo”, alertou o democrata.
Seria “a maior invasão desde a Segunda Guerra Mundial. Isso mudaria o mundo”, apontou.
Os países ocidentais acusam a Rússia de pretender invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e de alegadamente patrocinar, desde então, um conflito em Donbass, no leste da Ucrânia.
A Rússia nega quaisquer planos para uma invasão, mas associa uma diminuição da tensão a tratados que garantam que a NATO não se expandirá para países do antigo bloco soviético.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou hoje que terá uma conversa telefónica sobre a crise ucraniana com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na sexta-feira.
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