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Rio ganha vantagem a uma semana das eleições

Duas semanas bastaram para que se operasse uma reviravolta na frente da corrida para as eleições. Os socialistas, recorde-se, tinham uma vantagem de quase dez pontos percentuais nos dias anteriores ao arranque oficial da campanha eleitoral.

No entanto, e depois do frente a frente televisivo entre Rui Rio e António Costa (visto em direto por mais de três milhões de pessoas) e de uma semana de campanha nas ruas (que parece ter corrido melhor a Rui Rio), a diferença desfez-se, com o PS a cair um pouco mais de quatro pontos percentuais e o PSD a subir quase seis pontos, chegando pela primeira vez à liderança.

Empate técnico

O trabalho de campo decorreu entre 16 e 21 de janeiro, ou seja, a projeção de resultados faz o ponto de situação até à sexta-feira passada e não pretende adivinhar o que se vai passar no próximo dia 30 de janeiro. É importante ter também em conta que a sondagem tem o equivalente a uma “margem de erro” de 3,15%. O que significa que estamos perante um empate técnico para as eleições. Mas, se tudo pode acontecer nos dias que ainda faltam para a ida às urnas, um ponto é indesmentível: o momento é de Rui Rio. Se o líder social-democrata conseguir manter esta tendência por mais alguns dias, será o próximo primeiro-ministro de Portugal.

Este “volte-face” na liderança tem correspondência com o que se passou ao nível dos dois blocos políticos dominantes. Porque é igualmente a primeira vez que o conjunto de partidos mais à Direita (incluindo o Chega) ultrapassa a soma das forças mais à Esquerda (incluindo o Livre) nesta série de barómetros da Aximage

Contas à Direita

São, no entanto, apenas cinco décimas de vantagem e com uma relação de forças que ameaça complicar as contas de Rui Rio: os partidos a que estendeu a passadeira de um futuro Governo, CDS (1,6%) e IL (2,8%), revelam nesta altura grande fragilidade. Os centristas estão em sério risco de ficarem reduzidos a um único deputado, eleito em Lisboa, enquanto os liberais continuam a perder fôlego, e cada vez mais longe de eleger fora da capital, talvez vitimados pelo apelo do voto útil nos sociais-democratas, que até se poderá acentuar com o empate técnico no topo.

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