Dirigentes dos EUA e vários países europeus, entre eles a Alemanha, afirmaram o seu apoio “sem reserva” à integridade territorial da Ucrânia e alertaram a Rússia para “graves consequências” em caso de invasão daquele país, anunciou o governo alemão esta segunda-feira
O ocidente alerta para consequências no caso de agressão à Ucrânia. Os participantes “coincidiram em que a Rússia deve empreender iniciativas visíveis de desescalada” neste conflito, informou o porta-voz do chanceler alemão, Olaf Scholz, após uma videoconferência da qual participou com dirigentes de Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Polônia.
A realização desta videoconferência havia sido anunciada um pouco mais cedo pela Casa Branca, quando algumas divergências pareciam surgir no campo ocidental sobre a atitude a adotar em relação à Rússia.
Isso diz respeito especialmente à Alemanha, que é fortemente criticada pela Ucrânia por sua recusa em fornecer armas, mesmo defensivas, como fazem os Estados Unidos, a Grã-Bretanha ou os países bálticos.
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Da mesma forma, os países da União Europeia ainda não decretaram a saída de parte de seu pessoal diplomático da Ucrânia, num momento em que os Estados Unidos e o Reino Unido já se movimentaram nesse sentido.
Na videoconferência, da qual também participou o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, os líderes ocidentais expressaram “grande preocupação” com a concentração de tropas russas na fronteira oriental da Ucrânia e acusaram a Rússia de causar as “tensões atuais”, segundo o comunicado alemão.
O Ocidente alerta para as consequências caso haja agressão à Ucrânia, mas considera que “a questão da segurança e estabilidade na Europa poderia ser resolvida por meio de negociação”.
Os líderes ocidentais também “reiteraram que estão dispostos a continuar os esforços diplomáticos nessa direção”, que começaram em janeiro com várias reuniões entre autoridades ocidentais e russas, sem sucesso até agora.