Quinze dias de proibição de voos de passageiros para Macau, oriundos de “regiões fora da China”, apanharam de surpresa dezenas de portugueses no estrangeiro, impossibilitados de regressar à RAEM
Uma porta-voz da “STDM Tours Travel Agency Ltd” disse à Lusa que a agência de viagens tem seis clientes naquela situação, todos em Portugal. Uma outra agência, a “Sincerity Travel”, tem “pelo menos 13” portugueses à espera, disse a gerente. Sara Ng afirmou que “Todos os dias” lhe ligam, “às vezes à meia-noite, a pedir notícias”.
Com o BIR a caducar em breve, Luísa Petiz disse estar apreensiva. A arquiteta explicou que tem que “fazer a renovação até ao início de fevereiro, caso contrário” corre “o risco de perder a residência”.
Noutro exemplo, Inês Rebelo disse que a transportadora aérea Singapore Airlines, que opera o único voo entre Macau e o estrangeiro, só está a aceitar reservas para março, algo que originou receios de um prolongamento da suspensão. A estagiária sublinhou temer falhar o exame final da Associação dos Advogados de Macau, que se realiza habitualmente no primeiro trimestre.
Sara Ng disse acreditar que a Singapore Airlines decidiu “bloquear novas reservas de forma preventiva”, até uma nova decisão do Governo.
O cônsul-geral de Portugal em Macau, Paulo Cunha Alves, disse à Lusa que recebeu dois pedidos de apoio ou informação. O diplomata lembrou que a suspensão “é da competência das autoridades de Macau”, mas garantiu que o consulado “está a prestar todas as informações possíveis e em contacto regular com as autoridades locais”.
Tanto o Gabinete de Gestão de Crises de Turismo de Macau como o Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong sugeriram a Inês Rebelo regressar através do interior da China.
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