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Incêndio em prédio de Nova Iorque deixa dezanove mortos

AFP

Dezanove pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num incêndio ocorrido num prédio de apartamentos situado no bairro do Bronx, em Nova Iorque, anunciou o mayor da cidade, Eric Adams, este domingo

“Havia muitas crianças chorando e pedindo ajuda”, contou à AFP a dominicana Dilenny Rodríguez, 38, moradora do 12° andar, que escapou com o filho, 10, pela escada.

“Será um dos piores incêndios da nossa história. Sabemos que temos 19 pessoas mortas, bem como várias outras em estado crítico e mais de 63 feridos”, disse Eric Adams, que assumiu o cargo há uma semana, no local do acidente. No Twitter, ele confirmou a perda de “nove jovens vidas inocentes”, entre elas de crianças e adolescentes, entre os 19 mortos.

Duzentos bombeiros trabalharam no combate ao incêndio, declarado pela manhã no segundo e terceiro andares do prédio, de 19 pavimentos, segundo o departamento dos bombeiros (FDNY). Vizinhos disseram ter visto moradores desesperados, aparentemente presos.

– Imigrantes –

De acordo com Adams, muitos moradores do prédio eram muçulmanos vindos de Gâmbia, bem como dominicanos e outros centro-americanos, como a guatemalteca Marta Sánchez, que contou à AFP que sua família havia se salvado e passava bem.

“Estava um caos”, contou à AFP Goerge King, morador do prédio vizinho. “Vi a fumaça, havia muita gente em pânico. Você podia ver que ninguém queria pular do prédio. As pessoas agitavam os braços nas janelas.”

O comissário do corpo de bombeiros Dan Nigro informou que o incêndio se originou em um aquecedor localizado no dormitório de um duplex que ocupa o segundo e terceiro andares. “Ele se espalhou pelo alto”, deixou “vítimas em cada andar, nas escadas”, descreveu. Prédios como esse, continuou, não possuem saídas de emergência.

Os feridos foram levados para cinco hospitais e muitos deles tiveram parada cardíaca e respiratória, informou o New York Times.

Dezenas de sobreviventes, muitos com seus animais de estimação, aguardavam em uma escola vizinha, que servia de abrigo, onde a Cruz Vermelha americana lhes forneceu comida e cobertores.

O dominicano Miguel Enrique, que sofre de asma, teve tempo apenas de pegar o casaco e descer do 13º andar de elevador. “Eu ia descer pela escada, mas não dava para ver nada”, contou no abrigo. Como ele, os demais moradores aguardavam a autorização dos bombeiros para voltar a dormir em casa ou buscar remédios e roupas em suas residências.

Em dezembro de 2017, 13 pessoas morreram no pior incêndio registrado em 25 anos na cidade, que ocorreu em um prédio de apartamentos do Bronx. Com 9 milhões de habitantes, Nova York enfrenta em vários bairros uma grande crise habitacional, com prédios antigos e em mau estado de conservação.

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