Ficou provado que o antigo governante Azeredo Lopes, um dos 23 acusados no processo do furto e recuperação de armamento dos paióis de Tancos, não tinha conhecimento da investigação paralela levada a cabo pela Polícia Judiciária Militar (PJM) para recuperar as armas, apurou o JN.
Outros 12 arguidos foram absolvidos e 11 foram condenados pelo Tribunal de Santarém. João Paulino, mentor do assalto, e Hugo Santos foram sentenciados a oito e sete anos de prisão por terrorismo e tráfico de estupefacientes, respetivamente. João Pais foi condenado a cinco por terrorismo. Luís Vieira, ex-diretor da PJM, foi condenado a pena suspensa de quatro anos por favorecimento pessoal praticado por funcionário. O major Vasco Brazão e Roberto Pinto de Costa foram ambos condenados a cinco anos, também com pena suspensa, por favorecimento praticado por funcionário e falsificação de documentos.
Quatro anos e meio depois do assalto aos paióis de Tancos, a 28 de junho de 2017, a sessão desta sexta-feira no Tribunal de Santarém marca o fim de um dos processos mais rocambolescos da Justiça portuguesa, desde o desaparecimento de armas de uma instalação do Exército ao aparecimento das mesmas, meses mais tarde, até ao facto de terem sido encontradas mais armas que as que tinham sido declaradas como furtadas.
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