Interrogado pelos leitores do jornal popular Le Parisiens- Aujourd”hui en France, o chefe de Estado francês Macron falou sem filtro sobre as pessoas que não querem ser vacinadas contra a Covid-19. A declaração desencadeou uma vaga de reações e interrompeu os debates sobre o passe vacinal, em discussão na Assembleia Nacional.
O tom é cru, mas os propósitos claros e sem contornos. Emmanuel Macron foi questionado por leitores do jornal Le Parisiense e afirma querer irritar os franceses não vacinados, com vista a reduzir “esta minoria de refratário”. As palavras explosivas e as reações não tardaram. Da esquerda à direita, todos denunciam um erro político, um insulto aos franceses.
A 15 de dezembro, o Presidente francês faz um mea culpa sobre algumas declarações que feriram os franceses. A 31 de dezembro, Emmanuel Macron deseja um bom ano aos franceses e pede união e solidariedade. A 5 de janeiro, no Le Parisien: “Os franceses não vacinados… Quero irritá-los.”
O chefe de Estado continua a afastar a obrigatoriedade da vacinação, bem como os acessos aos cuidados intensivos, mas “as perspetivas mudam quando o Presidente põe de parte cinco milhões de franceses”, aponta a oposição. “Um irresponsável deixa de ser um cidadão”, afirma Emmanuel Macron. Apesar de tudo, as pessoas que recusam a vacina não estão a infringir nenhuma lei.
“Declarações chocantes e violentas” para Christiane Taubira. “Transformar a vacinação em referendo… Emmanuel Macron é um erro político”, acusa Yannick Yadot, d”Os Verdes.
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