O programa Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) em Portugal, conhecido como vistos gold, continua a ter uma procura dominada por cidadãos chineses. Contudo, o programa registou uma queda de 13,6 por cento no investimento durante os primeiros 10 meses do ano.
Entre janeiro e outubro, o investimento chinês cifrou-se nos 120,2 milhões de euros com a concessão de 237 vistos. No mesmo período do ano passado, foram concedidos 260 vistos que totalizaram 139,2 milhões de euros, de acordo com dados oficiais.
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No mesmo período deste ano, o segundo maior investimento é oriundo dos Estados Unidos da América e caiu mais de metade (51,5 por cento), para 36,6 milhões de euros. Segue-se o investimento vindo do Brasil, que decresceu para os 31,4 milhões, sendo que no mesmo período do ano passado tinha alcançado 75,5 milhões de euros.
Seguem-se os investimentos de cidadãos da Rússia e da África do Sul, que foram os que mais usaram o programa até outubro, apesar de uma queda no investimento de 56,2 por cento.
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O programa completou nove anos em 2021, ultrapassando os seis mil milhões de euros de investimento total. China, Brasil, Turquia, África do Sul e Rússia são os países que representam os maiores investidores do programa, que até agora concedeu 10.170 vistos.
Grande parte do investimento corresponde à compra de imóveis (5,5 mil milhões de euros até ao mês passado), com a aquisição para reabilitação urbana a cifrar-se nos 350,5 milhões de euros.