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O sonho americano dos jovens americanos

Rafael Navarro, 46 golos pelo Botafogo em 2021, está em negociações com o Minnesota United, da Major League Soccer (MLS). O jogador de 21 anos deve seguir o trajeto de Talles Magno, negociado pelo Vasco da Gama com o New York City por cerca de 6,5 milhões de euros, de Brenner, que trocou o São Paulo pelo Cincinatti FC por 11 milhões, ou de Soteldo, venezuelano que foi do Santos para o Toronto FC, por seis milhões, todos em 2021. Um sonho concretizado à espera de outros, concretamente a chegada aos principais campeonatos europeus.

“Os clubes norte-americanos mudaram a filosofia: antes eles apostavam em atletas renomados, mas agora olham para a contratação de jovens revelações como sinónimo de bons resultados desportivos e económicos, a tendência é que cada vez mais os talentos brasileiros sejam negociados para clubes da MLS”, diz Júnior Chávare, dirigente que passou por Grêmio, São Paulo, Atlético Mineiro e pela Juventus, de Itália, e hoje gere o futebol do Bahia, que vendeu o atacante Thiago, de 20 anos, ao New York City.

A MLS, de um país em que o futebol é visto como desporto secundário, e o Brasileirão, campeonato do autodenominado “país do futebol”, têm média de público quase semelhante: 22 mil contra 21 mil a favor do gigante sul-americano. Entretanto, os clubes norte-americanos têm receitas anuais de bilheteira perto dos 50 milhões de dólares, anos-luz à frente dos brasileiros, e as quotas de TV e publicidade chegam perto dos mil milhões de dólares.

Com o intuito de nivelar a liga, a MLS só permite alguns jogadores acima do salário padrão. No entanto, jovens atletas ficam de fora da regra, para estimular o rejuvenescimento da competição. Esse fator permite que talentos sul-americanos vejam no torneio norte-americano uma excelente opção de continuidade da carreira – ou de ponte para a Europa.

“A MLS é um local propício à adaptação de sul-americanos, tendo em vista que o contraste da América do Norte com a América do Sul é menor do que o da Europa, além disso, o atleta aprende um novo idioma e adequa-se a um novo clima, esses fatores colaboram para que o atleta chegue ao futebol europeu melhor preparado”, afirma Marcelo Segurado, executivo de futebol com mais de 20 anos de atuação no mundo futebolístico.

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