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Hengqin é de extrema importância para Macau. Uma cidade que via todos os caminhos a serem bloqueados pelos limites do próprio território, explorado em demasia, recebe agora uma presente para o futuro – e com o triplo do tamanho.
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Tive a oportunidade de visitar Hengqin e testemunhar em primeira mão o investimento que está a ser feito nas áreas da medicina tradicional chinesa, ciência, turismo e finanças modernas. Pelo meio, ainda se percebeu como se tem levado a cargo os trabalhos exploratórios para a livre circulação de estrangeiros na Ilha – algo que é necessário para desenvolver e melhorar a plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa, bem como proporcionar a abertura a outras geografias interessadas.
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Mas quem vê o potencial de Hengqin também pode compreender que nem tudo é um mar de rosas, porque Macau terá de ser inteligente no aproveitamento da Zona de Cooperação Aprofundada, utilizando-a para seu próprio benefício.
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Quem hoje pode dizer que Macau continuará a ser um centro de turismo e lazer se do outro lado do rio há condições para fazer mais e melhor? Saber diversificar, preservando o que a torna distinta e relevante no panorama da Grande Baía, é essencial para a RAEM. E o jogo não pode ser o único argumento. O plano está delineado, mas a execução terá de ser sublime, sob pena de construir o futuro de Hengqin à mesma velocidade que condena o seu.
*Diretor-Executivo do PLATAFORMA