Universidades brasileiras apostam no ensino do mandarim

por Filipa Rodrigues
Lusa

Um grupo de 89 universidades brasileiras vai lançar um projeto de ensino do mandarim, em conjunto com a agência governamental chinesa responsável pelo Instituto Confúcio

As universidades brasileiras estão a apostar no ensino mandarim. O Centro de Intercâmbio e Cooperação de Língua Chinesa e Estrangeira, sob a tutela do Ministério da Educação da China, anunciou na segunda-feira a assinatura de um acordo de cooperação com o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB).

O acordo foi assinado durante a cerimónia de abertura da Semana Internacional de Intercâmbio do Ensino da Língua Chinesa, que decorreu presencialmente na Universidade de Línguas de Pequim e ‘online’.

A diretora executiva do GCUB, Rossana Silva, citada num comunicado, disse na cerimónia que o grupo quer apostar no ensino do mandarim para poder cooperar com universidades e empresas chinesas em várias áreas.

Na mesma cerimónia, o Centro de Intercâmbio e Cooperação de Língua Chinesa e Estrangeira assinou um acordo para ajudar a Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique, a criar salas de aula “inteligentes”, com integração da Internet, mega dados e computação em nuvem.

O Instituto Confúcio estabelece delegações diretamente em escolas e ‘campus’ universitários no estrangeiro, que promovem o ensino do mandarim e a cultura chinesa.

Em Portugal, o instituto garante cursos livres de mandarim em cinco universidades portuguesas – Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Minho.

O Instituto Confúcio tem também delegações em várias universidades do Brasil, Angola, Moçambique, na Universidade de São Tomé e Príncipe e na Universidade de Cabo Verde.

Leia também: China quer relações com Cabo Verde num “novo nível”

Em abril, 21 congressistas e senadores norte-americanos acusaram as delegações do Instituto Confúcio nos Estados Unidos da América de pressionar o pessoal docente para evitar tópicos que possam ser negativos para os interesses do regime chinês.

Outros países têm encerrado laços com o Instituto Confúcio, incluindo o Canadá, Austrália ou Suécia.

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