O Laboratório Conjunto China-Portugal das Ciências de Conservação do Património Cultural inaugurou uma base de investigação em Yangzhou, no leste da China
O novo polo vai procurar investigar as técnicas ancestrais de construção e formar técnicos especializados em conservação do património que possam dedicar-se ao centro histórico da cidade de Yangzhou, na província de Jiangsu, disseram na segunda-feira as autoridades locais.
Segundo um comunicado, a cerimónia de inauguração decorreu na semana passada, com a presença de Wu Yongfa, diretor do laboratório e presidente da Escola de Arquitetura da Universidade de Soochow.
O laboratório, inaugurado em novembro de 2020, é uma parceira entre a universidade chinesa, com sede na cidade de Suzhou, que fica perto de Xangai, o laboratório Hércules da Universidade de Évora, dedicado às ciências do património, e a Universidade Cidade de Macau.
A Universidade de Soochow disse na altura que o laboratório pretende desenvolver projetos de conservação e programas de investigação e formação em conjunto com autoridades e instituições da China continental, Macau e Portugal.
Uma das missões era a investigação em materiais históricos e novas tecnologias, incluindo técnicas de reabilitação virtual do património cultural, disse então Wu Yongfa.
O projeto faz parte da iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota” e foi incluído em setembro de 2020 pelo ministério chinês da Ciência e Tecnologia numa lista de projetos prioritários de cooperação internacional.
A ligação à Universidade de Soochow surgiu através de uma parceria já existente entre a Universidade de Évora e a Universidade Cidade de Macau, disse à Lusa António Candeias, vice-reitor da Universidade de Évora, em novembro de 2020.
A instituição de Macau vai financiar uma cátedra dedicada ao desenvolvimento sustentável do património cultural em Évora, enquanto a universidade portuguesa vai ajudar a abrir e a montar em Macau um laboratório instrumental afiliado ao laboratório Hércules, num projeto que recebeu financiamento da Fundação Macau.
A deslocação de um investigador português para começar a montar o laboratório na Universidade Cidade de Macau tem sido adiada devido à pandemia de covid-19.