A China protestou contra o que diz ser uma “politização do desporto”. Pequim responde, assim, à decisão da Associação Internacional de Ténis Feminino, que cancelou todos os torneios na China, incluindo Hong Kong, por causa do desaparecimento da tenista chinesa Peng Shuai.
Não se conhece o paradeiro de Peng Shuai desde que denunciou ter sido vítima de abusos sexuais por parte de um alto dirigente político chinês.
A antiga campeã nacional de ténis Tânia Couto sublinha que, embora o cancelamento dos torneios na China não tenha grande significado, a nível desportivo, é um gesto que faz todo o sentido. “Não existindo esses torneios, arranjam-se outros, haverá candidatos para realizar esses torneios”, admite, em declarações à TSF.
“Nem as jogadoras nem o circuito propriamente dito irão sofrer grandes alterações, a não ser as que acontecem nessa zona do globo, mas acho que é uma forte posição, e o circuito faz muito bem”, salienta a atleta, que exalta que os altos dirigentes, que são jogadores ou já foram jogadores, “exerçam a sua pressão, já com cariz político, o que faz todo o sentido”.
Quanto à politização do desporto, que a China contesta, Tânia Couto considera que, mais do que uma situação política, trata-se de direito internacional, ao qual o regime de Pequim deve responder. “Acho que faz todo o sentido politizar, no sentido em que há a falta ou a ausência prolongada de uma pessoa que é importante para o ténis, ou que foi importante para o ténis mundial, para o ténis chinês”, advoga.
Leia mais em TSF