Alguns dos Chefes de Estado que intervieram na abertura da Bienal de Luanda, defenderam a promoção da cultura, das artes e do património como alavancas para o crescimento económico, social do continente, de forma a “fazer calar as armas” em muitas regiões africanas e promover a paz
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O Presidente em Exercício da União Africana, Félix Tshisekedi, destacou, na abertura da Bienal de Luanda, como prioridade o reforço do movimento Pan-Africano com vista a uma cultura de paz e da não violência no continente.
O também Chefe de Estado da República Democrática do Congo falou dos “efeitos macabros” do terrorismo e das guerras que ainda prevalecem em algumas regiões de África, tendo, por isso, elogiado Angola pela “dinâmica e periodicidade” na realização de bienais da paz, mesmo com as dificuldades decorrentes da Covid-19.
“Espero que o evento abra a iniciativa para a realização de outros fóruns para promover o diálogo inter-geracional”, afirmou Tshisekedi, defendendo maior intercâmbio entre africanos dentro do continente e residentes na diáspora, e a promoção da Zona de Livre Comércio Africano.
Por sua vez, o Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, referiu que o património africano “rico e diversificado” é um “factor importante” para a integração e desenvolvimento sustentável do continente.
“As artes, cultura e o património são alavancas para a edificação da África que queremos”, afirmou Nguesso, ao defender maior aproximação e partilha entre os povos africanos, com vista ao crescimento económico, social e cultural dos Estados.