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Poupanças de cabo-verdianos descem para 73,6 M€

As poupanças dos cabo-verdianos nos bancos desceram ligeiramente em setembro, para 73,6 milhões de euros, mas permanecem em valores máximos, segundo dados do Banco de Cabo Verde (BCV) compilados hoje pela Lusa

De acordo com o mais recente relatório estatístico mensal do Banco de Cabo Verde (BCV), deste mês, os depósitos das poupanças nos bancos cabo-verdianos estavam avaliados no final de setembro em 8.116 milhões de escudos (73,6 milhões de euros), menos 0,5% face a agosto, mas mantendo-se como o segundo valor mais elevado desde o início da pandemia de covid-19.

Em março de 2020, essas poupanças cifravam-se em 6.847 milhões de escudos (61,5 milhões de euros), e foram crescendo praticamente todos os meses, acumulando até ao momento um aumento de quase 20%, desde o início da pandemia.

Só entre março e abril deste ano os depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos aumentaram 7%, de 7.736 milhões de escudos (70,4 milhões de euros) para quase 7.844 milhões de escudos (71,4 milhões de euros), segundo o histórico disponibilizado pelo BCV.

Em julho, contudo, registou-se a primeira queda no valor dos depósitos de poupança em nove meses, mas que voltou a crescer em agosto, para o valor mais alto do histórico disponibilizado pelo BCV, voltando a descer ligeiramente em setembro.

Já os depósitos a prazo nos bancos também caíram ligeiramente no final de setembro, face ao mês anterior, para 45.370 escudos (412 milhões de euros), mas ainda em máximos históricos.

De acordo com o histórico do BCV, os depósitos de poupança nos bancos cabo-verdianos ultrapassavam no final de 2019 os 6.675 milhões de escudos (59,9 milhões de euros), pelo que se tratou de um crescimento de 11,4% no ano de 2020.

Esses depósitos valiam mais de 5.933 milhões de escudos (53,2 milhões de euros) em 2018, e 5.411,8 milhões de escudos (48,6 milhões de euros) em 2017.

Em Cabo Verde operam sete bancos comerciais com licença para trabalhar com clientes residentes.

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) realizou um inquérito de conjuntura das famílias cabo-verdianas no segundo trimestre de 2020, chegando à conclusão de que a maior parte dos inquiridos (93,2%) considerou que a atual situação económica do país não permite fazer poupança.

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da ausência quase total de turismo – setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago – desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19, tendo fechado o último ano com uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB.

O Governo cabo-verdiano admite que a economia possa crescer entre 6,5 e 7,5% em 2021, impulsionada pela retoma da procura turística, e 6% em 2022.

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