O centenário do nascimento do escritor português José Saramago só acontecerá em 2022, mas as celebrações começam nesta terça-feira, um ano antes, com um programa cultural internacional em torno do Nobel da Literatura.
A sessão de abertura acontecerá esta noite no teatro municipal São Luiz, em Lisboa, onde a escritora espanhola Irene Vallejo lerá um “Manifesto pela Leitura“, seguindo-se um concerto pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Na Azinhaga, a aldeia ribatejana onde o escritor nasceu, será plantada uma árvore, a 99.ª de uma centena de oliveiras que a Fundação José Saramago decidiu plantar na localidade ao longo dos últimos dois anos.
A cerimónia contará com a presença do primeiro-ministro, António Costa. Já a ministra da Cultura, Graça Fonseca, associa-se à abertura das comemorações com a colocação de um ramo de flores onde estão depositadas as cinzas do escritor, junto a uma oliveira em frente à Fundação José Saramago, em Lisboa.
Durante o dia, alunos de mais de uma centena de escolas portuguesas, mas também estudantes em Espanha, Brasil e outros países da América Latina, vão fazer uma leitura, em simultâneo, do conto “A Maior Flor do Mundo“.
Estão ainda previstas, esta terça-feira, atividades na Rede de Bibliotecas José Saramago, nomeadamente uma leitura encenada de “O ano da morte de Ricardo Reis”, em Loures, a inauguração de uma exposição em Almada e a inauguração de um mural em Leiria.
Consolidar a presença do escritor na história cultural e literária, em Portugal e no estrangeiro, e prestar homenagem à sua figura como cidadão são objetivos das comemorações, cujas “linhas gerais” foram anunciadas em junho passado pelo comissário da iniciativa, Carlos Reis, e pela presidente da fundação, Pilar del Río.
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