Comandos usaram aviões oficiais e missões da ONU para contrabandar mercadoria entre África e Europa.
Aproveitaram missões de paz na República Centro-Africana (RCA), coordenadas pela Organização das Nações Unidas, para montar um esquema internacional de tráfico de diamantes, ouro e droga. Através de aviões das Forças Armadas traziam, da RCA para Portugal, mercadoria ilícita que seguia para a Bélgica em carros particulares. Depois, branqueavam o dinheiro dos diamantes de sangue – pedras preciosas extraídas em zona de guerra e posteriormente traficadas – através de uma miríade de contas bancárias portuguesas, tituladas por testas de ferro, que serviam para comprar moeda digital, como bitcoins.
A Polícia Judiciária (PJ), que desmantelou na segunda-feira o esquema, numa megaoperação batizada “Miríade”, deteve dez pessoas, duas delas em flagrante delito por posse de armas. Cerca de 40 pessoas foram constituídas arguidas por terem ajudado o núcleo duro a lavar os milhões do crime.
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