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Escassez de matéria-prima na Ásia trava indústria do plástico

“Não há prazo nem preço” para os fornecedores asiáticos entregarem o plástico ABS e outros polímeros que servem de matéria-prima à Plastar, uma empresa de injeção e pintura de plásticos em Águeda. A queixa é do responsável da firma, Pedro Abrantes e, segundo a Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP), espelha o que se passa nas empresas do setor por todo o país.

“Os materiais, como o ABS, vêm da Ásia”, conta Pedro Abrantes, explicando que é ali que se encontram os grandes fornecedores das empresas de transformação de plástico da Europa. Mas os fornecedores “estão com prazo de entrega de matérias-primas na ordem das 26 semanas”, cerca do dobro do que se verificava antes da pandemia de covid-19. Antes, “havia sempre material em stock e preço”.

Quando a fatura chega, é bastante superior ao esperado. No caso do ABS, que “no início de 2020 rondava os 2 a 2,5 euros/quilo, atualmente anda pelos 4 euros/quilo”. Em alguns materiais, acrescenta Pedro Abrantes, há um “aumento de 200% por tonelada”.

TRANSPORTE ENCARECEU

A esse aumento não é alheia a dificuldade no transporte marítimo, com o preço dos contentores a disparar e a somar ao acréscimo do valor da matéria-prima. “Antes comprava-se um contentor na Ásia por 2500 dólares e, hoje, o mesmo custa 16 mil dólares, pelo que o acréscimo é bastante grande”, sintetiza Pedro Abrantes

A Plastar, que a estes problemas soma ainda a dificuldade em conseguir mão de obra (atualmente quer contratar mais 10 trabalhadores para juntar à equipa de 38 funcionários, mas não encontra interessados), diz que só a muito custo tem conseguido “gerir e satisfazer os clientes”.

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