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Marcelo sob fogo de apoiantes de Rio

O Conselho de Estado especial reúne hoje, como manda a Constituição, para debater a dissolução do Parlamento. Mas seja qual for a opinião dos conselheiros do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa já tomou essa decisão, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 , de marcar eleições antecipadas. O órgão de consulta do Chefe de Estado poderá, talvez, influenciar a data escolhida para a ida às urnas e que alguma polémica já começou a causar. Um tema fora da agenda do encontro, mas que é provável que venha a ser abordado pelos conselheiros.

Mais do que a chamada “bomba atómica”, a dissolução da Assembleia da República – que com mais nuance ou menos nuance, foi aceite por todos os partidos com assento parlamentar -, é a escolha da data das legislativas antecipadas que poderá ainda fazer correr muita tinta. Tudo por causa de outras eleições, as internas do PSD e que têm motivado críticas fortes a Marcelo por parte da ala próxima de Rui Rio.

Já se sabe que Marcelo deverá anunciar o dia escolhido para a ida às urnas na quinta-feira, numa comunicação ao país. E se a data fechada na cabeça de Marcelo atirar para meados ou final de fevereiro esse coro de críticas irá subir de tom, depois do Presidente ter recebido Paulo Rangel em Belém e de o candidato ter defendido 20 ou 27 de fevereiro para as legislativas antecipadas.

O Presidente rejeitou ontem aos jornalistas que na sua decisão pesasse os calendários da vida interna dos partidos de direita para marcar eleições antecipadas. “Vou ter em conta apenas, se for esse o caso, aquilo que considero ser a data mais razoável no quadro que se levantaria”, disse. Lembrou que as “várias opiniões” de “vários lados” que foi ouvindo sobre o tema “são uma forma natural de, cada qual, defender aquilo que considera melhor na sua interpretação do interesse nacional”.

“Vou ter em conta apenas, se for esse o caso, aquilo que considero ser a data mais razoável [para as eleições legislativas antecipadas] no quadro que se levantaria.”

A maioria dos partidos, incluindo o PSD, pela voz de Rui Rio, inclinou-se para a data de 16 de janeiro, muito distante dos 20 ou 27 de fevereiro de Paulo Rangel.

“Vindo de vários lados, são opiniões diferentes, quer de partidos quer de parceiros económicos sociais, sei que estão a cumprir o seu papel, puxar a brasa à sua sardinha, mas a mim cumpre-me escolher aquilo que corresponde à melhor solução para o esclarecimento dos portugueses e a tomada de decisão”, disse Marcelo e rejeitou ser pressionado por uns ou por outros.

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