Colaborou com o guitarrista Carlos Paredes. Morreu aos 85 anos, num hospital em Lisboa
O construtor de guitarras Gilberto Grácio, que colaborou com o guitarrista Carlos Paredes, morreu esta segunda-feira, com 85 anos, num hospital em Lisboa, disse à Agência Lusa o seu filho.
O antigo e conceituado construtor de guitarras, Gilberto Grácio, – herdeiro de uma dinastia de construtores de guitarra portuguesa, tendo-se iniciado na arte aos 12 anos, com o seu pai, João Pedro Grácio Júnior – coordenava um atelier de construção de instrumentos musicais de corda em Carnaxide, no concelho de Oeiras, no intuito de passar os seus conhecimentos a gerações mais novas, além da sua oficina no Cacém, concelho de Sintra.
Autodidata, Gilberto Grácio aprendeu trabalhando na oficina do pai. Aos 17 anos construiu totalmente o seu primeiro instrumento, uma viola, que conservou consigo toda a vida.
A sua paixão pelo fado começou na infância, aos seis anos, quando assistiu a uma sessão na Adega do Ramalho, no Cacém, onde tocava o guitarrista José António Sabrosa (1915-1987), marido da fadista Maria Teresa de Noronha (1918-1993).
Gilberto Grácio era apontado como “o mais antigo e conceituado construtor de guitarras”, segundo a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado que o distinguiu como “Sócio de Mérito”, na 1ª década desde século. Em 2012 a Câmara de Lisboa entregou-lhe a Medalha de Mérito Municipal, grau Ouro.
Em outubro de 2002, Gilberto Grácio foi condecorado pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Comenda da Ordem do Mérito.
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