A voz da consciência que levou Aristides de Sousa Mendes a salvar mais de 10.000 pessoas, durante a Segunda Guerra Mundial, foi hoje recordada no início da cerimónia de concessão de Honras de Panteão Nacional, que decorre em Lisboa.
Na presença dos mais altos representantes do Estado português e de familiares, amigos e estudiosos do percurso de Aristides de Sousa Mendes, a cerimónia que decorre no Panteão Nacional começou com a interpretação do Hino Nacional pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos.
Coube a Margarida de Magalhães Ramalho, investigadora e coautora do Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes, o elogio fúnebre ao mais famoso diplomata português, durante o qual recordou a perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, que terminou com seis milhões deles mortos, entre outros que o nazismo perseguiu.
Durante o conflito, recordou, “os que estavam em fuga apenas queriam chegar ao sul de França e passar a fronteira. Tarefa nada fácil, pois tinham de ter válidos quatro vistos: saída de França, entrada em Espanha, que pressupunha uma entrada em Portugal, e esta pressupunha um visto definitivo para outro país”.
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