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Amabilidade durante a pandemia

Dinis Chan*

A situação epidémica local agravou-se em setembro e ainda não faz parte do nosso passado, com vários casos confirmados entre trabalhadores não residentes. Mal se soube, o Governo declarou a suspensão de todas as atividades culturais e escolares, ordenando a realização de testes de ácido nucleico à população. Após a primeira ronda de testes, devemos enaltecer a capacidade do Governo em organizar as últimas duas rondas de forma muito mais eficaz e coordenada.  

Contudo, em termos económicos, acaba por ser uma nova desilusão. Vários estabelecimentos de jogo e entretenimento, assim como pequenas e médias empresas, tinham-se preparado para receber visitantes do continente durante a Semana Dourada, na esperança de que estes ajudassem a revitalizar o mercado local. Com os novos surtos, os seus esforços foram por água abaixo.  

Leia mais sobre o assunto em: “Adeus Semana Dourada”

Alguns comentários online culpam os dois seguranças estrangeiros por esta situação, utilizando até palavras ofensivas e xenófobas. Como seguranças, lutam na linha da frente no combate à pandemia, e estão automaticamente numa posição de alto risco de infeção. Porém, em vez de acarinhados, foram alvo de discriminação – um tratamento inaceitável em qualquer sociedade civilizada.  

Os trabalhadores estrangeiros em Macau estão a servir a cidade, mesmo aqueles que não ocupam cargos altamente qualificados. E, por isso, merecem o respeito do próximo. Tanto o Governo como a população devem dar mais atenção às suas necessidades, como manifestação da tão importante dignidade e empatia humana. Essa é a cidade que conhecemos, amável.   

*Diretor-Executivo do PLATAFORMA

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