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Futuro da Europa: “Consciência ecológica” deve ser um “valor europeu”

Integrados na Conferência sobre o Futuro da Europa, duas centenas de cidadãos europeus sentaram-se nas cadeiras de eurodeputados para debaterem futuro da UE.

Terminou este domingo em Estrasburgo o terceiro painel de cidadãos integrado na Conferência sobre o Futuro da Europa. Durante três dias, duas centenas de cidadãos de toda a União Europeia reuniram-se na cidade da Alsácia francesa para debater o clima.

“Por acaso saio daqui um bocadinho preocupado, confesso”. Filipe Conceição Silva veio de Sintra para participar no debate. “Habituado a ouvir” falar de alterações climáticas, este antigo piloto de linha aérea diz que “algumas das afirmações” não são novas para si. Mas, por isso mesmo, são a razão de “preocupação”.

“Porque, daqui, peritos dão indicações, ou fala-se e debate-se, e chegam a conclusões, mas depois [essas orientações] não são implementadas”, lamenta Filipe Conceição Silva, depois de participar num grupo de trabalho com cidadãos “alemães, franceses, gregos, austríacos”, entre os quais nota um “denominador comum”.

“Toda a gente fala mais ou menos a mesma linguagem, ao nível dos cidadãos. Mas, depois não é compatível com aquilo que a gente vê em casa, neste caso em Portugal”, lamenta. Na sala, as opiniões convergem para um ponto: “o consumo excessivo” tornou-se num fardo ambiental que “terá consequências” se não for travado. A ideia é sintetizada pela diretora-executiva do Instituto para a Política Ambiental Europeia, Céline Charveriat.

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“Tenho 48 anos, se não mudar o meu estilo de vida, daqui até aos meus últimos dias, não ficará nada para os meus filhos”, afirma Charveriat, ciente de que “não são apenas os jovens que precisam de mudar, mas todos na sociedade”.

“Precisamos de mudar a forma como consumimos, de outra forma não conseguiremos”, insiste a diretora-executiva do Instituto para a Política Ambiental Europeia, ligada por videoconferência, para a sala do plenário de Estrasburgo, onde decorreram os debates.

Aos 24 anos, prestes a iniciar o primeiro emprego como webdesign, Rodrigo Silva, partilha de toda a preocupação. “Só temos um planeta, e não podemos pensar que isto [os comportamentos atuais] podem continuar a durar por muitos mais anos”, afirma, acreditando que “há pessoas que ainda não percebem a gravidade da situação em que estamos no presente”.

As frases, os alertas, os avisos parecem repetidos, e expõem o problema persistente de que não tem sido feito o suficiente para evitar que a situação se agrave.

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