Kim Yo-jong foi cogitada para suceder o irmão
Kim Yo-jong, a influente irmã do ditador Kim Jong-un, foi eleita para a cúpula do regime norte-coreano, de acordo com a agência de notícias estatal KCNA. O anúncio foi feito na Assembleia Popular Suprema, a câmara legislativa do país.
O cargo na Comissão de Assuntos de Estado para o qual foi escolhida nesta quarta-feira (29) é, até agora, o posto mais alto já ocupado pela norte-coreana de 34 anos que tem ganhado cada vez mais protagonismo e chegou a ser cogitada como sucessora do irmão no comando do país.
Yo-jong é apontada como uma das parentes mais próximas de Jong-un —os dois estudaram juntos na Suíça nos anos 1990, com nomes falsos— e esteve ao lado do irmão em momentos importantes, como nas reuniões com o presidente dos EUA, Donald Trump, realizadas em 2018 e em 2019.
Em um desses encontros, no Vietnã, Kim foi visto fumando do lado de fora. Ao lado dele, uma mulher que parecia Yo-jong segurava um cinzeiro para o ditador. Sua primeira declaração oficial em nome do governo foi publicada em março do ano passado. Nela, Yo-jong acusou a Coreia do Sul de ser um “cão assustado que late” depois que Seul reclamou de um exercício militar norte-coreano.
Nos últimos anos, ela atuou como uma espécie de chefe de gabinete do irmão. Em 2018, foi enviada às Olimpíadas de Inverno em Pyeongchang, na Coreia do Sul, para representar o governo. O ato foi visto como um sinal de seu poder.
Yo-jong é formada em ciência da computação em Pyongyang e foi vice-diretora do Departamento de Informação e Propaganda. Sua primeira aparição pública foi no funeral do pai, o ditador Kim Jong-il, morto em 2011. A família está no poder no país desde 1948.
Leia mais em Folha de S. Paulo