Ministra “procura” irmão. Lisboa ajuda Luanda a superar trauma histórico

por Fernanda Mira

A identificação dos restos mortais das vítimas da purga no MPLA que matou o irmão da atual ministra portuguesa da Justiça vai envolver uma equipa enviada de Lisboa. Pela ministra da Justiça.

Quatro técnicos portugueses do ministério da Justiça – três do Instituto de Medicina Legal e um da Polícia Judiciária – estão desde há dias em Luanda para aquela que será uma das mais complexas missões das suas vidas. Os técnicos – entre os quais um diretor adjunto da PJ, Carlos Farinha – foram enviados pelo Ministério da Justiça e o caso diz diretamente respeito à ministra titular da pasta, Francisca Van Dunem, nascida em Angola, em 1955.

A missão – enviada a pedido das autoridades de Luanda – irá trabalhar na busca e identificação dos restos mortais das vítimas do mais traumático acontecimento no MPLA, desde que, em novembro de 1975, Angola se tornou independente: o chamado “27 de Maio” de 1977 (uma purga interna que durou dois anos e na qual terão sido executadas cerca de 30 mil pessoas, segundo a Amnistia Internacional).

Entre as vítimas contam-se familiares de Francisca Van Dunem: o irmão, José, e a cunhada, Sita Valles. Quando foram fuzilados – nunca tendo os seus corpos sido descobertos, como aliás aconteceu com milhares de outras vítimas – tinham um filho pequeno, João, cuja educação ficaria a cargo da atual ministra da Justiça.

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