A Agência Mundial Antidoping (Wada) informou ontem que irá rever o estatuto da cannabis na sua lista de substâncias proibidas, resultante do teste positivo à velocista americana Sha’Carri Richardson, suspensa dos últimos Jogos Olímpicos de Tóquio
A Agência Mundial Antidoping vai rever a proibição da cannabis após uma reunião do comité executivo da Wada, em Istambul. O órgão antidoping mundial observou que uma revisão científica da cannabis ocorrerá no próximo ano, embora a droga continue proibida em 2022.
“Depois de receber solicitações de várias partes interessadas, o comité executivo endossou a decisão do Grupo Consultivo de Especialistas para iniciar uma revisão científica do estatudo da cannabis em 2022”, disse a Wada em comunicado.
“A cannabis está atualmente proibida na competição e continuará sendo em 2022”, acrescentou a entidade.
Esperava-se que Richardson, estrela americana das provas de velocidade, fosse um dos principais destaques dos Jogos de Tóquio-2020, após uma série de desempenhos marcantes nos 100 metros no início da temporada.
No entanto, a jovem de 21 anos foi excluída dos Jogos depois de receber uma suspensão de 30 dias depois de um teste positivo para a Cannabis, após a sua vitória nos 100 metros nas provas de qualificação para olímpicas, em Eugene, em junho passado.
O caso gerou um debate sobre a continuação da inclusão da Cannabis na lista de substâncias proibidas da Wada, com celebridades e atletas criticando a regra como desatualizada e desnecessária.
O presidente da Federação Mundial de Atletismo, Sebastian Coe, está entre os que apoiaram os apelos para uma revisão da cannabis.
“Este não é um momento irracional para fazer uma revisão”, disse Coe durante as Olimpíadas. “É sensato, nada está escrito sobre pedra. Você se ajusta e ocasionalmente reavalia.”