O Equador propõe um acordo de livre comércio com China e a reestruturação de sua dívida com Pequim, informou o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, nesta quarta-feira (1º)
A proposta do Equador de acordo de livre comércio com a China, no domingo, foi uma “oportunidade de conversar com o presidente Xi Jinping, ampliarmos a agenda. Discutimos um acordo de livre comércio que consolidaria e permitiria aumentar a venda de banana e camarão para a China”, revelou Lasso em entrevista ao canal de televisão TC.
Entre janeiro e junho, o Equador exportou 1,411 bilhão de dólares para a China, enquanto no mesmo período o país andino importou 1,854 bilhão de dólares.
Lasso acrescentou que propôs também “a reestruturação da dívida” com a China, de 5,189 bilhões de dólares, segundo dados oficiais. A China se tornou um dos principais credores do Equador durante o governo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).
O Equador propõe um acordo de livre comércio com a China porque “pensar no desenvolvimento da América Latina sem a China é impossível hoje”, afirmou o líder equatoriano, um ex-banqueiro de direita que completou 100 dias no cargo na terça-feira.
Quito e Pequim também levantaram a possibilidade de estabelecer um laboratório para fabricar vacinas, disse Lasso, observando que a China forneceu ao seu país 62% das vacinas usadas no combate à covid-19.
Com 17,7 milhões de habitantes, o Equador registra 501.743 casos de coronavírus (2.834 por 100.000 habitantes), e 32.259 óbitos entre confirmados e prováveis.