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Uganda manda fechar 54 ONG que operam no país

O Uganda ordenou hoje a suspensão com efeito imediato das atividades de 54 organizações não-governamentais (ONG) de âmbito político, religioso e ambiental, incluindo a principal organização de defesa dos direitos civis, acusando-as de não cumprirem a lei.

De acordo com o Ministério dos Assuntos Internos, estas associações funcionavam sem estarem registadas oficialmente, tinham autorizações de trabalho caducadas e não tinham apresentado os relatórios e contas anuais.

O responsável pelo departamento das ONG no Governo, Stephen Okello, apelou às instituições para “ajudarem na implementação destas decisões, assegurando que cessam as operações com efeito imediato”.

O diretor da ONG Capítulo Quatro, o principal organismo de defesa das liberdades civis neste país africano, Nicholas Opiyo, confirmou à agência France-Presse (AFP) a receção da notificação e considerou a situação “grave”.

O líder da Capítulo Quatro é também advogado de muitos ativistas comunitários, assim como do popular cantor e deputado Bobi Wine, 38 anos, que foi o principal opositor do Presidente ugandês, Yoweri Museveni, no poder desde 1986, nas eleições presidenciais de janeiro deste ano.

Opiyo foi preso em dezembro do ano passado, um mês antes de uma controversa eleição presidencial, por autoridades que o acusaram de branqueamento de capitais, e foi então detido numa prisão de alta segurança, tendo sido libertado sob fiança uma semana mais tarde.

Vários países, incluindo a União Europeia e os Estados Unidos da América, protestaram na altura contra a sua prisão.

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