Uma peça de roupa, uma garrafa de plástico e marcas de passos recentes são alguns vestígios deixados pelos migrantes afegãos que conseguiram se aproximar do novo muro que está sendo construído na fronteira entre Turquia e Irã.
A volta dos talibãs ao poder em Cabul deixou o futuro de muitos afegãos na mais absoluta incerteza. Na Europa, o cenário desperta o temor de uma nova onda migratória, similar à de 2015. Neste ano, milhões de pessoas chegaram ao continente depois de fugir dos conflitos no Oriente Médio, passando pela Turquia.
Os migrantes que conseguem atravessar a fronteira entre o Irã, país vizinho do Afeganistão, e a Turquia se escondem durante o dia e caminham à noite no sentido oeste, para metrópoles turcas como Istambul ou, em alguns casos, para outras cidades da Europa.
Natural de Kandahar, no sul do Afeganistão, Mohammed Arif pagou 600 euros a um atravessador para que o transportasse até Istambul. Mas este último desapareceu na província de Van, leste da Turquia.
“Estou na estrada há 25 dias”, conta o jovem de 18 anos. “É perigoso voltar. De qualquer modo, para onde iríamos?”, questiona.
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